Tenho acesso a muita informação. Só estou percebendo como é difícil saber a verdade. Existem órgãos que querem me desinformar e outros que procuram ocupar o meu tempo com entretenimento para eu não me preocupar com nada. Vejo isso claramente. Eu sinto as contradições midiáticas na pele, sinto meu tempo se esvaindo no computador, sinto um desejo incontrolável de ligar a televisão e de não sair dela. Sinto que até a literatura está se alienando do seu real propósito e que os grandes sucessos atuais, Game of Thrones e Furia de titãs por exemplo, são fenômenos que cumprem um duplo papel. Um deles é resgatar o hábito de leitura, mas, até que ponto é saudável? A literatura de entretenimento está tomando um lugar grande no tempo dos jovens, mas, e os outros livros?
Percebo que é cada vez mais difícil manter o foco nas atividades do nosso cotidiano, eu sinto isso. Percebo que na mesa do bar quando o papo está chato é mais fácil as pessoas pegarem o celular e entrarem na internet do que fazer algo para mudar o rumo da conversa e a noite ficar agradável.
Eu tenho medo do modo como nós estamos nos alienando do próximo. Como as pessoas passam na rua como zumbis, indo ou voltando para o trabalho, cada uma com o SEU fone de ouvido, ouvindo a SUA música. Imersas em sentimentos e preocupações particulares, alheias às soliedariedades e ruindo qualquer tentativa de horizontalizar o cotidiano. Acho que deveríamos horizontalizar nosso cotidiano, olhando para o lado e percebendo o seu próximo. Quando digo isso não me refiro a dar dinheiro/esmola, digo isso no sentido que eu faço. Eu converso com o porteiro na portaria, falo sobre política e tento abrir os seus olhos, quando o cobrador puxa assunto (isso acontece direto comigo) eu converso, divido a informação e tento desembaralhar o nó que a grande mídia faz.
Acho que o que pode nos ajudar a ter algum futuro é usar da horizontalidade no nosso cotidiano. Um exemplo prático é a conversa com os filhos. Por que não perguntar o que houve na escola? Por que não olhar o seu caderno? Por que não mostrar o valor do dinheiro e do trabalho? O problema é que criamos nossas crianças valorizando o mundo das coisas e não o mundo dos Valores (morais, éticos e culturais).
Podemos criar um novo Horizonte através das horizontalidades!
Vou terminar por aqui pra não ficar enfadonho...
Abraço para todos!
Gerivaldo Oliveira
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